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terça-feira, 27 de abril de 2010

COISAS QUE FAZEMOS


Tenho como certo que constituímos um mistério completo para os nossos filhos. Se fossem capazes de exprimir em palavras a perplexidade que os assalta tantas e tantas vezes, haviam de nos dizer coisas engraçadas...; se não gostassem tanto de nós, talvez nos dissessem palavras que haviam de nos fazer corar. Ou talvez nos mandassem dar uma volta.
Talvez nos mandassem... crescer. É que não encontram uma lógica na forma como os tratamos. Ficam baralhados quando, depois de os termos conduzido a um certo estilo de vida, exigimos deles um comportamento exactamente oposto a esse estilo de vida.
E o pior de tudo é que têm razão. Exactamente toda a razão. A lucidez de que dispõem será infantil ou adolescente, mas ainda é lúcida. E nós já não somos muito lúcidos. Vejamos um exemplo de coisas que fazemos

sábado, 3 de abril de 2010

UMA HISTORIA DE AMOR

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Uma História de Amor Impossível


Conta a lenda que uma jovem mariposa - de corpo frágil e alma sensível -
voava ao sabor do vento certa tarde,
quando viu uma estrela muito brilhante, e se apaixonou.
Excitadíssima, voltou imediatamente para casa,
louca para contar à mãe que havia descoberto o que era o amor.

- Que bobagem! - foi a resposta fria que escutou.
- As estrelas não foram feitas para que as mariposas
possam voar em torno delas. Procure um poste ou um abajur,
e se apaixone por algo assim; para isso nós fomos criadas.

Decepcionada, a mariposa resolveu simplesmente ignorar
o comentário da mãe, e permitiu-se ficar de novo alegre
com a sua descoberta. - Que maravilha poder sonhar!- pensava.
Na noite seguinte, a estrela continuava no mesmo lugar,
e ela decidiu que iria subir até o céu,
voar em torno daquela luz radiante, e demonstrar seu amor.

Foi muito difícil ir além da altura com a qual estava acostumada,
mas conseguiu subir alguns metros acima do seu vôo normal.
Entendeu que, se cada dia progredisse um pouquinho,
iria terminar chegando na estrela,
então armou-se de paciência
e começou a tentar vencer a distância que a separava de seu amor.
Esperava com ansiedade que a noite descesse,
e quando via os primeiros raios da estrela,
batia ansiosamente suas asas em direção ao firmamento.

Sua mãe ficava cada vez mais furiosa:

- Estou muito decepcionada com a minha filha - dizia.
- Todas as suas irmãs, primas e sobrinhas
já têm lindas queimaduras nas asas, provocadas por lâmpadas!
Só o calor de uma lâmpada é capaz de aquecer o coração
de uma mariposa; você devia deixar de lado estes sonhos inúteis,
e arranjar um amor que possa atingir.

A jovem mariposa, irritada porque ninguém respeitava o que sentia,
resolveu sair de casa. Mas, no fundo - como, aliás, sempre acontece
- ficou marcada pelas palavras da mãe, e achou que ela tinha razão.

Por algum tempo, tentou esquecer a estrela
e apaixonar-se pela luz dos abajures de casas suntuosas,
pelas luminárias que mostravam as cores de quadros magníficos,
pelo fogo das velas que queimavam nas mais belas catedrais do mundo.
Mas seu coração não conseguia esquecer a estrela, e,
depois de ver que a vida sem o seu verdadeiro amor não tinha sentido,
resolveu retomar sua caminhada em direção ao céu.

Noite após noite, tentava voar o mais alto possível,
mas quando a manhã chegava, estava com o corpo gelado
e a alma mergulhada na tristeza. Entretanto,
à medida que ia ficando mais velha,
passou a prestar atenção em tudo que via à sua volta.
Lá do alto, podia enxergar as cidades cheias de luzes,
onde provavelmente suas primas, irmãs e sobrinhas
já tinham encontrado um amor. Via as montanhas geladas,
os oceanos com ondas gigantescas,
as nuvens que mudavam de forma a cada minuto.
A mariposa começou a amar cada vez mais sua estrela,
porque era ela quem a empurrava para ver um mundo tão rico e tão lindo.

Muito tempo se passou, e um belo dia ela resolveu voltar à sua casa.
Foi então que soube pelos vizinhos que sua mãe, suas irmãs,
primas e sobrinhas, e todas as mariposas que havia conhecido
já tinham morrido queimadas nas lâmpadas e nas chamas das velas,
destruídas pelo amor que julgavam fácil.

A mariposa, embora jamais tenha conseguido chegar à sua estrela,
viveu muitos anos ainda, descobrindo toda noite algo diferente
e interessante. E compreendendo que, às vezes,
os amores impossíveis trazem muito mais alegrias
e benefícios que aqueles que estão ao alcance de nossas mãos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

DOENÇAS PSICOSSOMATICAS

As doenças psicossomáticas podem exercer ação na saúde do corpo de maneira intensa.

A hipófise, uma glândula que possui ligação com a região do hipotálamo no cérebro, é a responsável pelo mecanismo que desencadeia a doença, uma vez que ela produz hormônios que controlam todas as funções do organismo.

As emoções e sentimentos mais fortes são percebidos pelo hipotálamo, estas emoções alteram as funções do hipotálamo e sua conexão com a hipófise. As doenças respiratórias, de pele, circulatórias e gastrointestinais causadas ou agravadas pela tensão nervosa são resultados desta alteração. Sendo assim, pode-se dizer que as doenças psicossomáticas têm componente psíquico, a manifestação de doenças orgânicas é ocasionada por problemas emocionais.

O corpo possui suas próprias defesas, ou seja, ele manifesta, coloca para fora as emoções que às vezes a pessoa tenta esconder por meio de tremor, dores de barriga, gestos e travamento de dentes.

SINDROMES MANIACAS

A síndrome maníaca pode ser conhecida pelos seguintes sintomas: aumento da auto-estima, engrandecimento do eu, insônia, fala rápida, agitação psicomotora, irritação, arrogância, desorganização, desinibição social e sexual, sentimento de grandeza e de poder. A síndrome maníaca pode subdividir-se em:

-mania franca ou grave, é a mais intensa com fuga de idéias, delírios de grandeza. Os idosos ou pessoas com distúrbios cerebrais podem ficar confusos, desorientados e diminuição de consciência. Apresenta dificuldades para o diagnóstico médico.

-mania irritada ou disfórica, é predominante a irritação da pessoa, o mau humor podendo ocorrer a destruição de objetos e agressividade em pessoas.

-mania mista, há vários sintomas maníacos ocorrendo ao mesmo tempo ou alternando-se rapidamente. É mais freqüente em adolescentes e idosos.

-hipomania, a pessoa fica mais disposta que o normal, mais alegre, mais falante, faz planejamentos e muitas vezes passa despercebidas pelo médico.

-ciclotimia, a pessoa apresenta um episódio completo de depressão ou de mania. Aos olhos das pessoas é normal e muitas vezes não é submetido a um médico.

O tratamento para as síndromes maníacas é necessário na maioria das vezes uso de medicamentos orientados por um médico especializado e bastante terapia

DOENÇAS PSICOLOGICAS

A SINDROME DE MUNCHAUSEN
A Síndrome de Munchausen é um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela simulação consciente de sintomas e ainda pela provocação dos mesmos. Também conhecida como simulação, já que é simulada por seu portador, é a doença simulada mais agressiva, pois na indução de algum sintoma o portador pode correr grande risco de vida. É bastante confundida com a hipocondria, mas nada tem a ver, já que na hipocondria o portador do distúrbio sente que está doente e busca ajuda sendo que na Munchausen o portador provoca e induz o sintoma.

A síndrome também pode ocorrer em pais de crianças pequenas (Síndrome de Munchausen por procuração) que utilizam as crianças para chamar atenção, ou seja, simula sintomas na criança para que essa seja submetida a uma série de exames sem necessidade. Em exemplo da gravidade do distúrbio, foi descoberto na década de 90 na Inglaterra, 34 pais sufocando, machucando e envenenando as crianças já internadas em um hospital sobre cuidados médicos. Essa prática é considerada abuso infantil, já que a criança é submetida a situações que prejudicam seu organismo e seu emocional.

Tal comportamento pode ser desencadeado em indivíduos que já viveram uma grave doença, em indivíduos com história de abuso sexual, distúrbios relacionados a emoções, distúrbios de personalidade entre outros. O tratamento para ambos os distúrbios são bastante difíceis já que os indivíduos portadores do distúrbio não admitem a doença e rejeitam ajuda. Nos casos em que o portador permite o tratamento, o psiquiatra utiliza terapias e busca em antidepressivos a melhoria do problema. No caso da síndrome por procuração é importante retirar a criança do convívio com o pai portador da doença.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTES,EDUCAÇAO DOS VALORES

"É mais fácil construir um menino do que consertar um homem". (Charles Chick Govin)

Coisas que fazemosTenho como certo que constituímos um mistério completo para os nossos filhos. Se fossem capazes de exprimir em palavras a perplexidade que os assalta tantas e tantas vezes, haviam de nos dizer coisas engraçadas...; se não gostassem tanto de nós, talvez nos dissessem palavras que haviam de nos fazer corar. Ou talvez nos mandassem dar uma volta. Talvez nos mandassem... crescer. É que não encontram uma lógica na forma como os tratamos. Ficam baralhados quando, depois de os termos conduzido a um certo estilo de vida, exigimos deles um comportamento exactamente oposto a esse estilo de vida.E o pior de tudo é que têm razão. Exactamente toda a razão. A lucidez de que dispõem será infantil ou adolescente, mas ainda é lúcida. E nós já não somos muito lúcidos. Vejamos um exemplo de coisas que fazemos.O menino lá em casa não faz a sua cama de manhã. Não prepara ele próprio a roupa para vestir no dia seguinte. Não arruma o seu quarto. Não prepara o seu lanche. A mãe tem um gosto todo maternal em realizar por ele essas tarefas. Há anos que isto se passa assim, o que produz um estilo de vida.E, depois, o pai vai levar o menino à escola, mesmo que, indo a pé, demorasse apenas dez ou quinze minutos. É que a chuva, e os atrasos, e o peso da mochila, e o perigo de atravessar a estrada... E, se for na grande cidade, os assaltos... Já uma vez roubaram um relógio ao primo dele.Há anos que isto se passa assim, o que produz um estilo de vida.E, depois, o menino, além de não tratar das suas coisas, também não é envolvido nas tarefas comuns da casa. Porque, se puser a mesa, de certeza que parte pelo menos um copo. Porque não é de grande ajuda se for preciso pregar um quadro na parede. Porque se sujaria se ajudasse na pintura da sala; e seria preciso, além do mais, andar a tomar conta dele. Porque está muito frio para ser ele a despejar o saco do lixo lá fora, no contentor...Há anos que isto se passa assim, o que produz um estilo de vida. Hoje em dia, não mexe um dedo nem sequer para colocar uma cadeira no lugar. Consome as coisas que aparecem feitas, e é capaz de resmungar se não lhe lavaram bem umas sapatilhas, ou se o jantar se atrasou.Entretanto, chega uma altura em que os pais ficam alarmados. Assustamo-nos quando as coisas chegam a um certo ponto. Quando nos parece que ele está a ficar muito infantil, pouco maduro para a idade. Ficamos em pânico quando o menino teve uma quebra grande no rendimento escolar. Insistimos então com ele para que estude, para que seja responsável na sua vida escolar...Mas sucede que a responsabilidade não nasce senão depois de se ter cultivado cuidadosamente, demoradamente, a semente da responsabilidade. Passámos anos a fomentar no menino um estilo de vida irresponsável, e agora, de repente, exigimos-lhe que seja responsável? Passámos anos a apaparicá-lo, e agora queremos que seja maduro? Para ele ser maduro, teria sido necessário que tivesse vivido: que tivesse passado experiências diversas, que tivesse enfrentado obstáculos, que tivesse feito coisas sozinho, que tivesse errado e emendado depois os erros, que se tivesse aperfeiçoado à custa de esforço pessoal. E nós temos feito tudo para lhe evitar esses obstáculos, essas experiências e esse esforço.É claro que, quando chega a altura em que precisa mesmo de estudar, porque as matérias se tornaram mais difíceis, não é capaz de o fazer. Pois é natural que - não tendo sido habituado ao esforço de fazer a cama, de ir a pé para a escola, de pôr a mesa... - não seja capaz do esforço de estudar, que é maior do que os outros.É escusado levar o menino ao psicólogo. É escusado pensarmos que o problema está em que não sabe estudar, em que desconhece as técnicas de estudo. O problema dele são... os pais. Exactamente.Seremos capazes de mudar?Paulo Geraldo

A IMPORTANCIA DO SORRISO